Desde que a Prefeitura de Belo Horizonte anunciou o retorno das aulas presenciais para os alunos do ensino fundamental, os donos de lojas de uniformes viram a procura pelos produtos aumentar bastante.
Um levantamento feito pela reportagem do Estado de Minas, em quatro lojas de diferentes regiões da capital, mostra que a maioria dos pais vai em busca de novas peças, porque as crianças cresceram, durante o período de pandemia, e acabaram perdendo os uniformes antigos.
“Não estava havendo procura, sem a perspectiva de volta às aulas. Muitos que tinham uniforme ano passado acabaram perdendo, já que as crianças cresceram”, explica Bernardo Alves de Carvalho, proprietário da Estrela Uniformes, localizada no Bairro Nova Suíça, Região Oeste de BH.
A empresa vende uniformes para as redes pública e particular e, segundo Bernardo, a procura tem sido significativa. Da última semana para esta, o aumento foi de 60%.
“Um percentual pequeno é de algumas mães com alunos em escolas que têm previsão de retorno para depois das férias. São pessoas mais precavidas que vem aproveitar a situação, estão felizes com a volta e aproveitam para comprar também.”
O empresário conta que o estoque é do ano passado. “A gente já tinha estoque exatamente por causa da parada do ano passado. Quando a gente repôs, depois do início das aulas veio a pandemia e o fechamento das escolas. A gente estava com um estoque razoável.”
Porém, de acordo com ele, no momento da reposição das peças, os preços sofrerão reajuste.
“A fabricação de novos uniformes vai incidir exatamente no reajuste de preços, porque tudo aumentou demais. A gente está evitando, mas, infelizmente, o resultado vai ser esse: reposição de estoque com reajuste de preços.”
Ele afirma, no entanto, que está esperando para definir a respeito dareposição. “Se voltar mais gente, liberar um percentual maior de alunos, vamos precisar comprar mais material.”
Por enquanto, a procura é maior pelos alunos da rede particular. “Dependemos muito da taxa de adesão, porque como a volta é facultativa, nós acreditamos que os pais das escolas públicas não estão optando por mandar os filhos (para a aula) agora. E até porque é uma faixa de público com poder aquisitivo menor.”
Semana de vendas muito boa
Outra que comemora o retorno das atividades presenciais é Neli Araújo, funcionária da Sports Center – Uniforme Escolar, que fica no Bairro Funcionários, Região Centro-Sul. A loja vende peças apenas para escolas particulares.
Segundo a funcionária, a procura pelos uniformes aumentou em torno de 90%, desde o anúncio da volta às aulas, na sexta-feira.
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